Hitlergruß (A saudação de Hitler) conhecida também como Deutscher Gruß (Saudação Alemã) é a forma usual de saudação dos Nacional-Socialistas. Ela foi inicialmente a saudação dos membros do NSDAP (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei [Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães]), que se tornou a saudação oficial de todos os Volksgenossen após Hitler ser eleito chanceler em 1933. Na Hitlergruß o braço direito é esticado obliquamente para cima ao nível dos olhos com uma mão chata. A saudação de Hitler foi desde 1925 a saudação habitual dos Nacional-Socialistas do Reich alemão.
Origem
A saudação alemã remonta a uma saudação já usada pelos teutões como uma saudação com um ger ou uma lança (Ger oder Speer). Durante a Idade Média e nos tempos modernos, as coroações imperialistas alemãs também levantaram seus braços direitos, chamando-os de "Vivat!" (Em alemão: Er lebe! [Ele vive!]).
O Wikipédia Brasil diz:
"Hitler e Heinrich Himmler da SS, acreditaram que ele se originou dos antigos povos germânicos. As reivindicações de Hitler e Himmler eram justificadas, pois os historiadores discutem há muito tempo que gestos similares à saudação romana já eram usadas na coroação de reis alemães antigos. As ilustrações que reconstroem tais eventos, e mostram a saudação, datam de meados do século XIX. A Enciclopédia Brockhaus repete tais reivindicações, dizendo que a saudação deriva dos gestos usados durante a coroação de reis alemães medievais juntamente com a exclamação de “Heil”. De acordo com alguns nacional-socialistas, aspectos presentes na Roma antiga vieram do norte da Europa, e assim, em sua opinião, seria provável que tivessem trazido a saudação para Roma da Alemanha."
Um retrato do expositor (1852) que retrata uma reconstrução da cerimónia de posse de um rei alemão.
Especula-se que a saudação tem sua origem no Saluto Romano (saudação romana). Entretanto, ocorre um boato de que não foi baseada na saudação romana e que Rudolf Hess teria explicado porque não o era e qual de fato era sua origem. Toda via, esses boatos não tem fontes e não podem ser confirmadas.
A Wikipédia Alemã diz:
"O secretário de Hitler, Rudolf Hess, justificou isso em junho de 1928 na revista Der S.A.-Mann: 'Não foi de modo algum uma aquisição do fascismo italiano. Pelo contrário, ela era comum no NSDAP desde 1921. E mesmo que fosse uma aquisição, isso não seria tão ruim, já que o bolchevismo e a maçonaria também teriam seus símbolos e identificadores.'"
Revista citada "Der SA-Mann".
Ao pesquisar pela revista mencionada "Der SA-Mann" não encontramos a matéria citada. As fotos da revista achada na internet é impossível de ler, já que as letras são minusculas.
A fonte para isso foi o livro de Albrecht Tyrell "Führer befiehl… Selbstzeugnisse aus der 'Kampfzeit' der NSDAP" (Comandante do Führer... Auto-testemunhos do 'Kampfzeit' do NSDAP), Editora Grondrom, Bindlach 1991, p. 129 f.) [https://www.amazon.de/Führer-befiehl-Selbstzeugnisse-Kampfzeit-NSDAP/dp/381120694X]
Livro "Führer befiehl… Selbstzeugnisse aus der 'Kampfzeit' der NSDAP" de um suposto Albrecht Tyrell.
O Juramento dos Horácios (1784), por Jacques-Louis David, no Museu do Louvre.
Uma variante de saudação, na qual o braço não está esticado, mas inclinado para trás, tornou possível, mesmo com aflições físicas que não permitem estender o braço para fazer a saudação. Essa forma de saudação também era usada quando espaços apertados não permitiam que o braço se aproximasse ou a pessoa a ser cumprimentada enfrentava diretamente a pessoa em saudação.
A saudação de líder, como Führer, era diferente. Seus braços iam além da cabeça, ficando assim visível seu rosto e a palma de sua mão.
Esta saudação também é conhecida como "Bellamy Salute" (Saudação de Bellamy). De 1892 a 1942, essa saudação fazia parte do ritual de prometer fidelidade à bandeira e à República dos Estados Unidos da América e cantar o hino nacional. Por causa da "saudação romana" reintroduzida pelo Duce Benito Mussolini e por causa da saudação de Hitler, o Presidente Franklin D. Roosevelt instituiu o gesto da mão-sobre-o-coração como a saudação a ser feita por civis durante a garantia da fidelidade ao hino nacional dos Estados Unidos, em vez da saudação de Bellamy. Isto foi feito quando o congresso adotou oficialmente o código da bandeira em 22 de junho de 1942. Em 1943, as pessoas que estavam inicialmente resistentes à mudança, endossaram o gesto do mão-sobre-o-coração durante a garantia. A saudação foi usada primeiramente em 12 de outubro de 1892 de acordo com instruções publicadas de Francis Bellamy para “a celebração nacional da escola do dia de Columbo”.
Um grupo escolar fazendo a saudação de Bellamy, maio de 1942.
Na Alemanha Nacional-Socialista quem fazia a saudação era livre para dizer: "Heil Hitler", "Sieg Heil" ou simplesmente "Heil!" ou nada. Mas outras palavras não foram para dizer ao mesmo tempo com a saudação alemã. Quando Hitler cumprimentou, "Heil mein Führer!" Foi proclamado.
Dentro da SA, foi apresentada a SA-Gruß (Saudação SA), na qual o braço direito alongado também foi elevado ao nível dos olhos, enquanto a mão esquerda cobria o piquete.
Em 22 de maio de 1933, essa saudação foi introduzida entre as associações da SA, da SS e da Stahlhelm. Para os soldados do Reichswehr (a partir de 1934 Wehrmacht). Em uma circular datada de 13 de julho de 1933, Wilhelm Frick ordenou que todas as autoridades do Reich e governos estaduais apresentassem a saudação alemã para o setor oficial.
Placa de estanho para a saudação "Heil Hitler", geralmente acompanhada pela saudação alemã.
Placa de estanho por Fritz Sauckel, Gauleiter Thuringia.
A saudação alemã nas cadeias policiais, Circular de novembro de 1935.
Saudação alemã depois de 1945
Depois de 1945, a saudação alemã na Alemanha ocupada foi proibida pelos poderes vitoriosos. Na Alemanha o uso da saudação alemã e outras formas (como "Mit Deutschem Gruße" ou o lema da SS "Minha Honra é Lealdade") pelo Artigo 86a do Código Penal é crime. As mesmas leis também podem ser encontrados no Código Penal da República da Áustria. Uma exceção regulamentada é exclusivamente a exibição de "reportagem sobre a história", que de acordo com o § 86, parágrafo 3, a StGB não é punível.
Fontes:
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